sábado, 2 de setembro de 2023

Eu e Marcelo Câmara

Depois te ter escrito um primeiro texto sobre Marcelo Henrique Câmara (Clique AQUI para ler), planejava escrever este segundo visando abordar aspectos da sua história da qual me identifico ou que, de alguma forma, inspiraram a minha.

A primeira constatação, ao conhece-lo, foi de saber que gostava de aprender e estudar latim e grego. Eu sempre tive afeição por línguas estrangeiras e conheço um pouco de latim. Aprendi algo em função da profissão, cujos brocardos são fundamentais na compreensão da ciência jurídica, e parte pelo canto gregoriano e as orações da Igreja.

Na sequência, notei que Marcelo frequentou grupos de jovens e outros como o Movimento de Emaús, dava palestras, ensinava a Palavra. Também eu participei de grupos de jovens, fui catequista, dei palestras.

Depois, descobri que o Marcelinho estudava política e economia e gostava de defender suas ideias, era ótimo orador. Eu me identifiquei porque sempre fui muito eloquente ao defender meus ideais, fazer uso da palavra. Da mesma forma, com o passar dos anos ele passou a evitar entrar em contendas desnecessárias desta natureza, o que também percebi em mim, no sentido de amainar discussões, especialmente em redes sociais, relacionado a estes temas.

Outra identificação natural era o fato de ser jurista. Como advogado, logo me chamou a atenção ele ser da área, de ter ingressado no Ministério Público na carreira de Promotor de Justiça. Eu sou encantado pelo Direito, suas implicações na vida das pessoas. Tenho desejo sempre de bem representar meus clientes, de ver a justiça triunfar.

Além disso, ele foi professor! Um jovem professor! Isso me chamou atenção, porque meus pais foram professores. E ele havia cursado o mestrado! Um mestre! Ele conseguiu despertar em mim um desejo de anos. De me tornar, quiçá, professor, fazer dali um apostolado, mas de retornar aos bancos acadêmicos principalmente. Já desacreditado com o cenário das universidades, da ideologização, da baixa qualidade do ensino, bem como das dificuldades do ofício de professor, resolvi reconsiderar a hipótese... Ele me acendeu esta fagulha.

Logo no final de 2022 tive oportunidade de conhecer uma pessoa que me deu uma direção neste sentido. Resolvi me inscrever para o mestrado, fui aprovado e cá estou iniciando os estudos. Sem sequer eu ter feito qualquer petição, penso que ele intercedeu por mim de algum modo. É mais uma situação cuja vida deste Servo de Deus dialoga com a minha.

Marcelo Henrique Câmara, para além das coincidências, dessas realidades próximas, foi e é razão de grande inspiração para mim. Além destas questões, sua trajetória diz muito mais sobre sua vida que as meras impressões ora destacadas. Creio que todos, mormente eu, podem extrair lições e exemplos para seu cotidiano. Que ele possa se tornar conhecido, especialmente no meio de juristas os quais terão nele, indubitavelmente, um grande intercessor, para despertar nas pessoas as virtudes que carregou consigo e outras inúmeras graças.


quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Dia dos mortos

 Falar em mortos na atualidade causa espanto. Aliás, não é só isso que causa espanto a esta geração fraca.


Também o ambiente dos hospitais, as sarjetas com os moradores de rua e tantos outros lugares cuja responsabilidade não é mais do homem. Tudo é dever do Estado.


"Não dê esmolas", diz a placa no semáforo. E assim nossa sociedade vai se distanciando das realidades da vida, aquilo que nossa cultura já havia cristalizado. Hoje tudo se despreza.


Quem ainda cuida do túmulo dos familiares na geração fast-food? Agora é "crema-rápido" para não dar trabalho depois.


Quem ainda visita cemitérios? Quem vai em velório? Quem toca o defunto?


O homem vem se animalizando e podemos, enfim, questionar: quem ainda cuida da alma?


Este trabalho não é apenas do sacerdote, mas da Igreja que somos todos nós. Devemos cuidar da nossa alma e também da alma do nosso irmão, os vivos e finados.


Este dia (2 de novembro) é muito significativo para os católicos, porque a morte é apenas do corpo. A alma é eterna e está em algum lugar seja no Céu, no purgatório ou no inferno.


Nossas orações não alcançam as almas do inferno nem as tiram de lá. Os que já são santos de Deus no Céu também não necessitam mais da nossa ajuda. Mas o purgatório está cheio de almas que precisam de cura para alcançar a glória em Deus. Aí que nossas orações e penitências podem frutificar.


O dia dos mortos nos faz pensar nessas realidades terrenas, bem cuidar da vida, do próximo, da cultura cristã; pensar que existe um Céu e um inferno; pensar que a morte um dia chegará para nossos amigos, familiares, para nós. 


Diz Santo Afonso Maria de Ligório: “Se crês, meu irmão, que hás de morrer, que existe eternidade, que se morre só uma vez, e que, dado este passo em falso, o erro é irreparável para sempre e sem esperança de remédio: por que não te decides, desde o momento em que isto lês, a praticar quanto puderes para te assegurar uma boa morte?”


Por fim, no Brasil, temos a graça deste dia ser feriado, não havendo desculpas para não ir à Santa Missa e rezar pelas almas, lembrar dos parentes mortos, visitar algum cemitério, cuidar dos túmulos, pensar na brevidade da vida, responsabilizar-se e, enfim, ser humano e católico.


quarta-feira, 6 de abril de 2022

O esfriar da espiritualidade

 Ao meditar sobre o que leva o homem a se afastar da vida religiosa e espiritual, questiona-se a razão pela qual isso acontece. De diversos motivos, existe uma via importante a se explorar: o esquecimento do pecado, do mal, e suas consequências.

Inicialmente deve-se lembrar que foi através pecado original que o homem traiu a vontade divina. Isso porque Deus garantiu ao homem a razão, a consciência, a liberdade, cujo pensar, julgar e agir o possibilitam aderir ao Seu plano ou a outros distintos.


Frans Floris (1517-1570)


Após esta queda, Deus continuou a guiar e a amar seu povo, fazendo-lhe promessas e dando-lhe leis para que pudessem se reconciliar com Ele. Exemplo disto são os Dez Mandamentos.

Estas ordenações dadas por Deus são de forte conteúdo moral, que orientam as práticas da vida. Se Deus é o Sumo Bem, tudo o que vem dele é Bom, é Luz. Afastar-se desta Luz, que é a Verdade, é rumar à escuridão, ao mal, ao pecado.

Afastar-se da vida religiosa e espiritual é, antes, deixar-se perder a luz, e perder a noção do que vem a ser o mal e o pecado.

Ora, mas que mal e que pecado pode ter cometido o homem ao comer um mero fruto? De fato o mal e o pecado entram com esta suavidade, de maneira imperceptível.

O julgar, o pensar e o agir do homem, ao invés de seguirem a orientação do alto, seguem agora outro julgamento: o da ciência, daquilo que é possível provar. Ora, “que fruto gostoso, só me senti mais dono de mim – posso e quero mais”. E é justamente este o gosto inicial do mal e do pecado, eles seduzem o homem.

A exemplo: comer pouco não mata a fome, mas é difícil achar o meio termo no comer. A grande disponibilidade de alimentos geralmente faz com que se coma além do necessário. O que era a justa medida agora passa a ser um desvio; dormir é necessário, mas costuma-se nos dias de hoje dormir pouco, o que gera ira, ou dormir demais, que leva à preguiça.

É interessante notar que o gozo inicial do comer e do dormir, apenas para se fixar nos exemplos, não são pecados em si mesmo. Porém, como parece claro, ambos possuem limites.

Assim o é com a sexualidade. Deve ser vivida de acordo com a lei divina dentro do casamento, jamais fora ou com impurezas pessoais.

Então esta via que inicialmente é lícita acaba por se tornar ilícita, por desafiar os mandamentos. E nisso se afasta responsabilidade pessoal, porque a aparência é de que não há qualquer pecado. Pensa-se que está tudo bem.

Tomás de Kempis, em A Imitação de Cristo, reforça que nem tudo que é agradável é bom, nem todo desejo é puro, nem todo que nos deleita agrada a Deus.

É aí que o homem automaticamente se vê como um ente que já não precisa mais se ordenar pelas leis de Deus, já que tudo lhe é lícito. O Apóstolo Paulo deixa claro, porém, que “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém” (1Cor 6, 12).

Perdido o discernimento do pecado, do mal, o agir mal repete-se e torne-se um vício, obscurecendo a consciência. O Papa Paulo VI disse certa vez que o pior pecado deste mundo é achar que o pecado não existe.

Então decorre um compreensível afastamento da Igreja já que esta não mais governa o homem. A submissão deixa de existir, pois ele se arroga no direito de não necessitar mais desta orientação, podendo-se conduzir sozinho.

Este esfriar da espiritualidade, então, só pode ser afastado com a retomada do seguimento da Lei em vistas de que apenas na Igreja há salvação. E não só isto! O inferno é uma realidade confirmada por Jesus Cristo, da qual se deve maximamente se afastar.

O juízo final (1535-1541)
Afresco de Michelangelo na Capela Sistina no Vaticano

Para isto, a receita é compreender que o projeto de Deus para a humanidade não está só no plano material e, ainda que assim entendido, as leis divinas servem não para restringir as potencialidades humanas, mas para dar base ao seu desenvolvimento.

Tal ventura, segundo Jesus, é razão de alegria! Seu jugo é suave e seu fardo é leve!

Assim, reconhecendo a realidade daquilo que convém ao projeto salvífico de Deus, a consequência natural é a via da reconciliação que se pode obter sacramentalmente pela confissão, o retorno para o banquete eucarístico, para o seio da Igreja, a paz da alma em cumprir a vontade do Criador.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Aslam e o caminho da infância espiritual


Em As Crônicas de Nárnia, de Lewis, no final do 5º livro (A Viagem do Peregrino da Alvorada) narra-se um encontro com Aslam, o leão, que é Deus, que fala com Lúcia, Edmundo e os outros.

A menina questiona como se pode acessar seu país, ou seja, o Céu. E Aslam responde que os ensinará pouco a pouco.

Ela, ainda, questiona se irá vê-lo novamente, ao que Aslam responde que ela não retornará mais para Nárnia.

Lúcia pergunta então como haverão de encontra-lo novamente e o leão responde que que ela há de encontra-lo.

Já Edmundo pergunta se Aslam também está no mundo dos homens ao que ele responde que sim, porém com outro nome, o qual eles devem procurar conhece-lo, e que foi por isso que os trouxe à Nárnia, para que as crianças conhecendo-o um pouco lhe conheçam melhor.

Lúcia, ainda com muitas perguntas, é calada: “Criança! – disse Aslam. – Para que deseja saber mais?”

Depois abre o portal e eles retornam para o mundo dos homens.


Esta passagem nos recorda a forma como nós mesmos lidamos com Deus. Quanta curiosidade! Quanta inquietação! Não é verdade que temos muitos questionamentos, que somos feito crianças perguntando a Deus de tudo o que existe, como as coisas irão acontecer, querendo que sejam atendidas nossas vontades?

Essa criancice revela a grandiosa graça divina, da qual jamais faremos páreo, pois Deus é o Todo-Poderoso. Somos, de fato, pequenos.

Jesus e as crianças
Porém o interessante é justamente que isto agrada a Deus. O próprio Jesus disse que, se quisermos entrar no Reino de Deus, deveríamos ser como uma criança.

Esta pureza, esta infância espiritual, este ímpeto da verdade, de querer mais, é agradável a Deus. 
São Josemaria Escrivá escreveu: “Caminho de infância. - Abandono. - Infância espiritual. - Nada disto é ingenuidade, mas forte e sólida vida cristã.” E, “A infância espiritual não é idiotice espiritual nem moleza piegas; é caminho sensato e vigoroso que, por sua difícil facilidade, a alma tem que empreender e prosseguir, guiada pela mão de Deus.”

Que esta beleza da relação filial que temos com Deus, de pai para filho, de adulto para criança, bem exposta por Lewis em sua obra, possa ser exemplo para que amadureçamos na fé, na amizade com Ele, mas agindo através da nossa pequenez.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Famílias educadoras: uma minoria perseguida

O homeschooling, também chamado de educação familiar, tem se tornado assunto dos mais badalados devido às leis que estão sendo aprovadas que reconhecem uma prática educacional aplicada há anos, principalmente e especialmente nos lares cristãos. As leis e o presente debate, entretanto, evidenciam, ao mesmo tempo, o preconceito e trazem a lume a perseguição empreitada contra várias famílias pelo Estado. Entenda!




Com o advento da pandemia do novo coronavírus, inúmeras famílias passaram a viver uma verdadeira imersão na caridade com os seus. A agitação do mundo externo deu lugar à agitação natural dos pais e filhos convivendo no mesmo lar, os pais trabalhando em home office, os filhos estudando à distância, refeições e momentos de lazer em comum: uma redescoberta.

Essa tal agitação natural – e saudável, diga-se – no que tange à educação dos filhos, fez com que estes pais passassem a acompanhar mais de perto seu rendimento escolar. Não foi surpresa para alguns terem descoberto capacidades mas também as incapacidades dos seus filhos, conteúdos apropriados e inapropriados, professores qualificados e desqualificados, etc. Não só ficou evidente os benefícios da Escola, mas suas mazelas e a própria função da escola foi para o divã.

Diante desta nova percepção, aqueles pais com propósitos diferenciados se deram conta de que a educação escolar poderia evoluir para um grau mais personalizado, dando  lugar ao homeschooling.

É importante dizer que os níveis de desempenho do ensino escolar nas últimas duas décadas, em resultados de exames internacionais como o PISA, demonstraram, sem sombra de dúvidas, que o Brasil encontra-se nas últimas colocações, o que coloca em xeque o atual modelo que é ofertado em massa para famílias.

Em contraponto, o homeschooling traz muitos benefícios, tais como: 1- não há perda de tempo com entrada e saída de professores das salas; 2- evita-se o bullyng; 3- não se expõe o aluno a mediocridade do ensino; 4- acompanhamento integral e personalizado do aluno, da grade curricular e da evolução do ensino; 5- flexibilidade de horários; 6- ritmo adequado para cada aluno; 7- grade curricular diferenciada; 8 – economia financeira com mensalidade, transporte, uniforme; etc.

Obviamente que não é qualquer família que possui todos os atributos necessários para a prática do homeschooling, notadamente tempo. Isso significa que em algumas realidades a educação familiar possa não funcionar ou “não funcionar tão bem”.

Essa temática, apesar de antiga, despertou interesse em várias famílias Brasil afora, como dito, especialmente nos lares cristãos visando que a formação religiosa ocorra a partir de casa. Porém, nitidamente que, comparando com a adesão ao ensino convencional, estas famílias são minorias. E, não bastasse isso, já que é algo que vem sendo resgatado, tem despertado dúvida e também muito preconceito por parte da sociedade que crê que a modalidade escolar seja mais apropriada, exaltando especialmente a questão da socialização.

Não sendo este o foco do presente artigo, é bom citar que a socialização de um aluno homeschooler se dá através da própria família (pais, avós, tios, primos, amigos) que é ambiente social por excelência, célula mater da sociedade, mas obviamente também por uma série de atividades desenvolvidas por associações de pais, ou mesmo aulas de artes marciais e de música, ida a eventos públicos e privados, práticas religiosas da comunidade de fé a qual a família pertence, etc.


A discriminação, no entanto, além de social é jurídica. No direito brasileiro, a educação é direito e dever de todos, ou seja, tanto do Estado quanto da família, dos indivíduos. Todavia existe ainda uma lacuna legislativa com relação ao tema já que não há regulamentação deste método de ensino. Isto significa, na prática, que o homeschooling é uma forma de educação não ilegal, mas irregular, pois não ofende ao sistema jurídico (não há vedação), todavia carece de bases para sua aplicação no plano do direito.

Alguns Estados, nos últimos tempos, conseguiram regulamentar a questão a nível local como, por exemplo, o Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina. Também algumas cidades entraram nesta toada como Chapecó/SC.

Ocorre que o Ministério Público dos Estados e outras entidades tem buscado através do Poder Judiciário suspender e anular a eficácia destas recentes legislações aprovadas com uma miríade de argumentos a fim de justificar que a lei deva ser considerada inválida.

Aparte dos discursos pertencentes à hermenêutica jurídica, cuja retórica e narrativa não convém aqui elucidar, é cristalino que há uma perseguição ideológica que visa impedir o alastramento desta prática que, como visto, tende a trazer bons resultados educacionais.

Recentemente ganhou repercussão nacional a notícia da aluna Elisa de Oliveira Flemer, de 17 anos, que passou no vestibular da USP, todavia teve sua inscrição negada por esta Instituição já que não era portadora do diploma de conclusão do ensino médio. A garota prodígio (no sentido de responsável, dedicada aos estudos), no entanto, foi convidada a fazer um curso nos Estados Unidos da América em Instituição de referência em tecnologia, a área almejada pela menina. Isso demonstra que os homeschoolers são bem vistos e preferidos pelas companhias mundiais.

Por conseguinte, tem-se que esta perseguição não se trata de amor ao debate ou ao tecnicismo jurídico, mas manifesta claramente o intuito de que se perpetue o sistema vigente que, como já demonstrado, na maior parte das vezes não forma adequadamente os alunos em sua integralidade (moral e técnica) para o porvir. Ora, como é possível que alguém advogue contra um método que tem demonstrado melhores resultados, além de desonerar o Estado?

O interessante é notar que justamente aqueles que se dizem defensores das minorias e das diversidades é que estão elevando o tom contra o homeschooling, demonstrando que, na prática, tratam-se de grupos e pessoas classistas e idealistas, que não possuem qualquer disposição para efetivamente reconhecer a falácia dos próprios discursos.

Em Santa Catarina o Tribunal de Justiça já concedeu liminar suspendendo a lei municipal de Chapecó e também a lei estadual. No Paraná, antes de se manifestar quanto ao pedido liminar o Tribunal de Justiça pretende ouvir a Procuradoria do Estado. No mundo das narrativas quem arrisca o resultado que estas ações tomarão?

E tantas outras vezes que o judiciário fechou lacunas legislativas como a fim de evitar retrocessos sociais, por qual motivo não poderia agora reconhecer a importância do tema a fim de tirar inúmeras famílias educadoras da penumbra e opressão na qual se encontram?

É preciso, pois, estar pautado na realidade e reconhecer que existem muitas famílias educadoras que já praticam o homeschooling Brasil afora, com resultados efetivos, e que precisam de tutela jurídica para não serem perseguidos, vítimas de discriminação, de cancelamento, mas reconhecidos como iguais. E ainda há de se reconhecer a existência de muitas outras famílias que se sentem acovardadas para iniciar a educação domiciliar sob pena de sanções.


Enfim, diante de países líderes no desempenho educacional como Estados Unidos, Finlândia e Canadá, que autorizam a prática do homeschooling, o Brasil adota ou opta por fechar os olhos para esta questão, deixando-se pautar por um ideal míope e discriminatório, sendo este um convite a despertar para a realidade e para a busca do bem e da justiça.